quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

moda do século




Genteee ..
Não resiste quando vi um trecho no blog meninas do chocolate, sobre o livro MODA - O século dos estilistas (1900-1999, por coincidencia eu emprestei para a Ariane ver ontem.. e hj olha o que eu encontro.. ele lá no blogg..


Eu comprei este livro no inicio do meu curso de moda no ano de 2007.. ele é maravilhosoooo quem estuda moda não pode deixar de ter, na época paguei 200,00, hj esta mais barato.
O texto de abertura conta como a moda se tornou moda e foi escrito pela Charlotte Seeling:
"Roupas bonitas, houve-se em todas as épocas, mas MODA é um fenômeno do nosso século. Até então, o que existia eram inúmeros modos de vestir, que variavam conforme o país e a classe. Na corte vestia-se de um modo diferente da burguesia, assim como em França se vestia de maneira diferente da Grã-Betanha, da Itália ou da Alemanha. Tudo isto mudou quando Charles Frederick Worth deixou de ser simplesmente um fornecedor de Sua Alteza Imperial Eugênia e começou a assinar as suas criações com o próprio nome, como se fosse um artista. E assim nasceram as marcas, os costureiros e as criações: a MODA.
A moda vem de Paris. Uma das características é a mudança: mal está na moda e já está fora de moda. Essa mudança é determinada pela vontade e inspiração do costureiro, mas as suas criações só conseguem impor-se quando refletem o espírito da época. Na medida em que suas obras são peças únicas e feitas à mão, o costureiro pode ser comparado a um artista.
No entanto, a moda só se tornou moda com os estilistas e o espírito de revolta dos anos 60. Foram eles que reconheceram que, numa época de produção em série, o vestuário não tinha que ser único para ser criação e foi desde então que as marcas se impuseram. As marcas não estão só nas roupas, mas também em óculos, roupa interior, cinzeros ou jarras, e o design não tem de ser obra do designer, pois basta a assinatura. Isso passa-se no mundo inteiro.
De Tóquio a Nova Iorque, hoje em dia, a moda apresenta a mesma linguagem, e esta não precisa necessariamente de ter origem francesa: o dernier cri tanto pode vir de Hamburgo como de Londres ou Milão. Na verdade, nem é preciso que exista realmente um estilista ou um criador nos bastidores, já que qualquer marca pode ser trabalhada por um bom departamento de relações públicas, que a vai polir até conseguir o status de chic. Da t-shirt aos tênis tudo se pode tornar objeto de culto, como se de uma criação de Worth se tratasse.
Assim, as musas que Worth invocou para a proteção da exclusividade do seu trabalho vingaram-se dos criadores de moda. No final do século XX, os costureiros e estilistas que tanto brilho lhe deram e tanta glória têm a agradecer, parece que se tornaram supérfluos. Alguns recusam-se abertamente a publicar sua moda com o seu nome e seu rosto, o que prova que os criadores são mais intuitivos que sistemáticos.
Cem anos de alta costura. Onde é que nos conduziram? Não é absurdo afirmar que nos levaram de regresso à origens. Hoje voltamos a ver corpetes e armações semelhantes ao tempo da Belle Époque, como se tudo fosse recomeçar. Regressam-se os seios, o traseiro e as antigas sefuções. E, no entanto, a moda está em movimento: quando hoje em dia as mulheres põem um corpete e os criadores ficam anónimos, fazem-no livremente. Assim se facha mais um ciclo. O prazer da moda vai, todavia, acompanhar o homem também no próximo século"


Fica a dica da promoção na FNAC. Este livro custa, em média, R$159,20....http://www.fnac.com.br

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